As encomendas são enviadas às quartas-feiras de manhã. Se precisar que a sua encomenda seja expedida num dia diferente, por favor contacte-nos para o email araujoesobrinho@gmail.com

Sobre nós

A Papelaria Araujo & Sobrinho 

Situada no coração do centro histórico do Porto desde 1829, a Araujo & Sobrinho é uma das lojas mais antigas do País e é considerada a papelaria mais antiga do mundo nas mãos da mesma família.

A história do negócio, da família e da cidade confundem-se e no interior da loja mantemos um pequeno museu que guarda a estátua de Santa Catarina das Flores do sec. XVII (comprada pela familia à cidade) e um interessante conjunto de antigos objetos de escritório que ilustram bem a longevidade e diversidade desta centenária loja.

A Araujo & Sobrinho, fundada no conturbado reinado de D. Pedro IV,  é anterior à iluminação pública no Porto ou à existênncia do telefone. Apercebemos-nos da nossa longa história quando pensamos que quando circulou o primeiro automóvel íamos já na meia idade com 57 anos e que já passavamos dos 80 quando foi implantada a República em Portugal. A II Guerra Mundial encontrou-nos com 110 anos de vida, quando o Homem chega à lua tínhamos as portas abertas há 140 anos e aos 171 anos abandonámos o escudo para adoptar o Euro. 
 
No nosso 191º ano de vida continuamos no lugar de sempre, no Largo de São Domingos no Porto, a partilhar com a nossa exigente clientela uma cuidadosa seleção de alta papelaria, de artigos de design e belas artes, de acessórios pessoais e de presentes perfeitos das melhores marcas nacionais e estrangeiras. 

    

1829-2020, 191 anos de história

Manuel Francisco de Araujo, em 1829, compra a uns familiares da sua mulher o “Armazém de papel ao murinho de são Domingos” dando assim início à histórica Araujo & Sobrinho atualmente considerada a papelaria mais antiga do mundo sempre nas mãos da mesma família. 

A fundação da Araujo & Sobrinho acontece numa altura de enorme instabilidade política e de crise económica e logo nos primeiros tempos de atividade, rebenta a guerra civil, que opõem  liberais e absolutistas, e a cidade vive 13 meses de cerco. A populaçao em geral, com o apoio da comunidade britânica da cidade e dos comerciantes mais abastados, fica do lado liberal e juntos resistem ao cerco. Conta-se que a familia Araujo vivia na cave do edifício mas ia mantendo a loja a funcionar.

Durante a 2ª metade sec XIX, Portugal vive a perda de rotas comerciais marítimas para outras potências estrangeiras e ressente-se da independência do Brasil mas, apesar da penúria nacional, o Porto vive uma fase de expansão urbana e a cidade prospéra. Criam-se mercados e jardins públicos, iluminação pública e saneamento. O Porto acolhe fábricas e oficinas,  diferentes empresas, lojas, seguradoras e bancos instalam-se na baixa. É também animada a vida cultural e académica. O largo de S. Domingos é a maior praça da cidade e o seu verdadeiro centro.

É neste clima de crescimento e esperança que, em 1868, o Fundador Manuel Francisco de Araujo oferece sociedade ao seu sobrinho Domingos Gonçalves de Araujo e a papelaria adota, até hoje, a firma "Araujo & Sobrinho".

Em 1883, a 2ª geração da família Araujo encabeçada por Manuel Francisco de Araujo Jr., toma conta da papelaria. Homem das artes e membro de uma renovada burguesia, culta e exigente, atrai ao seu estabelecimento os maiores artistas da cidade em busca dos materiais de que necessitavam. Em sua casa, por cima da papelaria, realizavam-se regularmente saraus musicais e outras tertúlias. Manteve e fez prosperar a Araujo & Sobrinho durante o regicídio (1908) e consequente implementação da Republica (1910), a desastrosa participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial, a grande instabilidade política da I República e os primeiros anos da Ditadura. Teve a companhia dos seus filhos que depois lhe sucederam, os mais velhos Alfredo e Fernando e mais tarde Jaime e Henrique por vários anos. Morreu na papelaria, na sua secretária, aos 68 anos.

A Ditadura do Estado Novo, a II Guerra Mundial, a Guerra do Ultramar e a revolução do 25 abril de 1975, encontram na Araujo & Sobrinho as 3ª e 4ª gerações de Araujos. Jaime e Henrique Araujo (3ª geração) e os seus sobrinhos Nuno Araujo e Fernando d'Araujo Jorge (4ª geração), acompanhados pouco depois por três dos filhos deste ultimo, Paulo (1970) Manuel e Fernando (1975), estes últimos já da 5ª geração. Fernando d'Araujo Jorge trabalhou na Araujo & Sobrinho desde a adolescência até ao fim da vida, durante quase 70 anos, sendo assim o “Araujo” que mais anos dedicou à centenária papelaria.

Portugal entra para a CEE em 1986, no último dia de 1999 devolve em definitivo a soberania de Macau à Republica Popular da China e despede-se do escudo para adotar a moeda única europeia, o Euro.

Atualmente, a responsabilidade do legado da Araujo & Sobrinho às proximas gerações, cabe a Miguel Araujo, da 5ª geração da familia, com a colaboração de uma cunhada Maria José Fontes e de uma prima, Joana Araujo Jorge, já da sexta geração. Nas férias escolhares, os filhos dela, da 7ª geração, gostam de ajudar na loja.

Miguel relançou a marca Araujo & Sobrinho, assumindo grandes mudanças quer na gestão do edifício, que sempre foi a sua sede e agora é também o Hotel A&S1829 e o Restaurante Galeria do Largo, quer na diversificação dos produtos que propõe na loja: à papelaria de alta qualidade e artigos de design e belas artes juntou prestigiadas marcas nacionais e internacionais de objetos de uso pessoal para a fiel clientela portuense e o crescente numero de turistas encantados com a autenticidade da centenária loja.

 

A&S 1829, lda Largo de S. Domingos, 55, Porto, Portugal NIF 513480790